sexta-feira, maio 22, 2009

História da Física

Primeiras Descobertas e a Revolução Copernicana
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O movimento é um fenômeno que sempre intrigou o Homem. Diversos povos antigos, egípcios caldeus, fenícios, babilônios, por interesses variados, procuraram compreender o curso dos astros, o fluxo das marés, o ciclo dos eclipses, etc. As primeiras explicações eram ainda muito impregnadas de religiosidade e mito. Apenas por volta do século VI a.C. é que os gregos começaram a desenvolver um tipo de pensamento para explicar os fenômenos naturais sem a intervenção doas deuses. Foi então que começou a se esboçar uma compreensão mais física do movimento e dos demais fenômenos da Natureza.
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Demócrito (500-404 a.C) descreveu de modo puramente mecânico o movimento. Estabeleceu as nações de átomo e vazio. Átomo era a menor partícula, indivisível, de matéria, e o vazio era a ausência de matéria. Segundo ele, os átomos se moviam ao acaso e, nesse movimento, se chocavam, se atraíam e se repeliam. Em consequência disso se formaram todas as coisas do Universo.
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Heráclito (510-450 a.C.) afirmou que o movimento é o princípio básico do qual tudo o que vemos e sentimos é decorrência. Infelizmente, restaram pouquíssimos fragmentos da obra desses pensadores.
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Parece ter sido Aristóteles (384-322 a. C.) o primeiro a elaborar um sistema filosófico para a explicação do movimento dos corpos e do mundo físico que o cercava. Para ele, toda e qualquer matéria era composta de quatro elementos: terra, água, fogo e ar, e esses elementos tinham posições determinadas no Universo. O lugar natural do fogo e do ar era sempre acima do lugar natural da terra e da água. Desse modo explicava por que uma pedra e a chuva caem: seus lugares naturais eram a terra e a água. Analogamente, a fumaça e o vapor sobem em busca de seus lugares naturais acima da terra. Aristóteles também elaborou várias outras teorias sobre ciências naturais, que foram aceitas até a Renascença.
Ainda na Grécia, menos de um século depois de Aristóteles, um outro grego, Aristarco (310-230 a.C.), propôs uma teoria sobre o movimento dos corpos celestes. Teve a idéia de que a Terra e os planetas giravam em torno do Sol, e por isso acusado de perturbar o descanso dos deuses e de contradizer as idéias de Aristóteles sobre o movimento celeste. Para Aristóteles, os planetas, Sol e a Lua giravam em torno da Terra em órbitas circulares, e a Terra não se movimentava.
Quatro séculos depois da morte de Aristarco, já depois de Cristo, as idéias aristotélicas do movimento celeste foram aperfeiçoadas por Ptolomeu (100-170), astrônomo de origem greco-romana nascido em Alexandria, no Egito. Para Ptolomeu, a Terra também estava no centro da esfera celeste e o Sol e a Lua descreveriam órbitas circulares em torno da Terra. Cada planeta descreveria uma órbita circular em torno de um ponto, e este descreveria uma órbita em torno da Terra.
As idéias de Aristóteles prevaleceram ainda durante muito tempo. Na Renascença, Jean Buridan (1300-1360), grande estudioso e reitor da Universidade de Paris, colocou-se frontalmente contra as teorias de Aristóteles. Suas idéias espalharam-se pela Europa, permitindo que nos séculos seguintes Copérnico e Galileu iniciassem a ciência moderna.
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Nicolau Copérnico (1473-1543) nasceu na Polônia, onde estudou na Universidade de Cracóvia. Esteve na Itália, em várias universidades, onde manteve contato com os cientistas mais notáveis. De volta à Polônia, desenvolveu sua teoria sobre o movimento celeste. Propôs um sistema análogo ao de Aristarco: os planetas e a Terra giram em torno do Sol (sistema heliocêntrico: hélio = Sol). Copérnico localizou corretamente as posições relativas dos planetas conhecidos e determinou seus períodos de translação em torno do Sol. O sistema de Copérnico não encontrou apoio de quase ninguém; na época, o sistema de Ptolomeu e as idéias de Aristóteles eram doutrinas estabelecidas tanto na religião como na filosofia.
JUNIOR, Francisco Ramalho; FERRARO, Gilberto Nicolau; SOARES, Paulo Antônio de Toledo: Os fundamentos da Física 1. - 7ª edição - São Paulo: Editora Moderna, 2002
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Evolução do Eletromagnetismo
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A origem do eletromagnetismo se perde nas névoas do passado. A lenda estabelece que um anônimo pastor de ovelhas foi quem, na Grécia Antiga, fez a primeira observação de um fenômeno magnético. Ele teria observado que a extremidade de ferro de seu cajado ficava presa ao encostar-se a certa pedra. Presume-se que aquela pedra era um pedaço de magnetita, ímã natural.
O nascimento de Eletromagnetismo se deu com a clássica experiência do físico dinamarquês HANS CHISTIAN OERSTED (1771-1851). Em 1820, ele verificou que ao colocar uma bússola sob um fio elétrico, a agulha se desviava quando se fazia passar uma corrente elétrica pelo fio.
A partir desse fato, foi possível estabelecer a conexão entre a corrente elétrica e os fenômenos magnéticos, permitindo um extraordinário desenvolvimento cientifico nessa área.
JUNIOR, Francisco Ramalho; FERRARO, Gilberto Nicolau; SOARES, Paulo Antônio de Toledo: Os fundamentos da Física 3. - 7ª edição - São Paulo: Editora Moderna, 2002.

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